terça-feira, 23 de abril de 2013

Vamos jogar com o time!

Nós, do Clube Atlético Mineiro, sempre fomos conhecidos pelo fato de jogarmos com o time em qualquer situação. Nos momentos de alergia, entoamos o grito de Galo, para demonstrar nossa euforia; nos de tristeza, como naquele trágico 27 de novembro de 2005, cantamos, também, o hino para demonstrar nosso amor.

Esse amor incondicional fez com que, muitas vezes, os adversários tivessem medo de nos enfrentar em nossos domínios. Esse amor desperta a curiosidade da imprensa do eixo Rio-SP, que, normalmente, consegue olhar apenas para o seu próprio umbigo. Esse amor fez brotar textos belíssimos dos mais variados poetas escritores e cronistas. Quem não se lembra do belo texto do (ou atribuído a ele) Armando Nogueira
Ou da descrição do Roberto Drummond sobre o que é ser atleticano? Pois bem, nos dias de hoje, precisamos, mais do que nunca jogar com o time! E não falo só nas arquibancadas, mas lá também.

Nas arquibancadas (ou cadeiras)
Durante o ano passado inteiro, irritei muita gente com o grito "VAMOS JOGAR COM O TIME!!!". Tá certo que querem fazer dos estádios (ou arenas) lugares parecidos com teatros, mas não podemos deixar. Temos que tentar apoiar esse time durante os noventa minutos. Não podemos deixar a peteca cair. O grito e canto de cada um pode fazer a diferença.


Vamos lutar para que essa força seja cada vez maior. Vamos evitar as vaias, ainda que o jogador pareça burro e até mesmo desinteressado! Vamos apoiar o tempo inteiro, para que o mais desinteressado dos jogadores seja contagiados pelo amor que sentimos pelo nosso time.

Há tempos não víamos um time que merecesse tanto o apoio da torcida (embora o nosso apoio seja para a camisa, independentemente de quem a esteja usando). Vamos fazer com que eles, cada vez mais, queiram jogar por nós também.

O surgimento do torcedor de ipad em muito contribui para momentos de instabilidade do time. Antes, quando o time desanimava, dormia em campo, a torcia reagia cantando o hino e incendiando novamente os jogadores. De fora pra dentro!

Vemos hoje, muitas vezes, uma torcida apática e desinteressada. Fotos e "check in" no foursquare e facebook não faltam. Jogar com o time, só quando o jogo está ganho...

É claro que cada um torce da maneira que acha melhor e, acreditem, tem gente que acha melhor ficar em silêncio pra não atrapalhar. Respeito, mas o nosso time se acostumou a crescer junto com o grito da torcida. Gritemos, então, por aqueles que não gostam de gritar.

Fora das arquibancadas
Por incrível que pareça, nos dias de hoje, a torcida tem desempenhado um papel importante, também, longe dos estádios.
Não foi a toa o desabafo do Tardelli no twitter:


Certamente, o matador alvinegro viu o alvoroço negativo feito por, parte dos, torcedores no twiiter, depois da derrota para o SPFW. Ou seja, as nossas manifestações nas redes sociais também chegam aos jogadores... Se demonstrarmos aflição, medo, desconfiança e outros sentimentos negativos, os jogadores sentirão isso também. 
Engana-se quem pensa que jogadores e dirigentes não sabem o que se passa nas redes sociais. O próprio Kalil já disse que acompanha o que se diz no twitter. Ainda que não acompanhassem, acreditem, há um monte de assessores, parentes e puxa-sacos para dizer o que a torcida anda falando.
Portanto, vamos jogar com o time, também, nas redes sociais!

Vocês são burros?
Partindo do pressuposto de que os dirigentes acompanham as movimentações nas redes sociais, o que ficou claro, por exemplo, quando o Palmeiras desistiu de contratar o Ricky, estamos agindo feito burros.
Ninguém pode negar que o atacante Neto Berola teve bons momentos no time do Galo (foi importante no Mineiro do ano passado, o jogo contra o Botafogo, pra falar apenas alguns momentos). Esses bons momentos fizeram com que alguns clubes se interessassem por ele. Desta vez, é o Goiás.
Ao ser anunciada a possível contratação o que faz a maioria da torcida do Galo? Comemora! Tiram sarro do time que quer contratar o jogador, a ponto do nome do atleta chegar aos trending topics. Com isso, a chance da negociação melar é gigantesca.
É a mesma coisa de você anunciar à venda um carro que você não quer mais. Quando aparece um interessado, você começa a falar pra todo mundo que é um péssimo negócio, que esse carro vive quebrando e que sé faz raiva em todo mundo da família. 
Sejamos mais espertos, gente! Vamos jogar com o time!