quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sobre o Galo, o dono da América

Muitos me perguntaram se eu não escreveria aqui sobre o título da Libertadores. Não me sinto capaz. Li tanta coisa boa, que qualquer coisa que eu escrevesse iria ficar aquém do momento.

Me emocionei com a coluna do Fred Mello Paiva, com o texto do Mario Marra, do Mauro Beting e com as cartas escritas ao Cuca e ao Ronaldinho.

Depois da epopeia que foi a conquista desse título, ando tão à flor da pele, que qualquer vídeo sobre o Galo me faz chorar. 

Difícil, pelo menos pra mim, escrever assim.

Quando achei que tal data fosse passar em branco aqui no blog, recebi do meu amigo Luiz Flavio Teles o texto que reproduzo abaixo. Não sabemos a autoria, mas resume bem um pouco do meu sentimento após o título. Se alguém souber quem é o autor, pode falar que dou os créditos aqui.


Eu vi

Eu vi um gênio mostrar quem estava certo.
Este gênio me ensinou que que em cobrança de lateral não tem impedimento.
Eu vi a primeira goleada de mão cheia em um argentino, jogando em seus próprios domínios.
E repetimos aqui.
Atrevi-me a pensar que era placar de "bater em argentinos".
Eu vi uma vitória na altitude, onde o pulmão procurava e não encontrava.
Eu descobri que, quando tá valendo... tá valendo.
Eu vi um futebol encantar a América.
Eu vi a tradição ser usada ser usada como escudo... e ser derrubada pelo futebol, em uma arapuca.
Eu vi um jogo oficial em um gramado não natural, igual ao das peladas de domingo.
Local antes intocado na competição, teve alvejada sua virgindade em dois tentos.
Eu vi máscaras sombrias representando uma tragédia inesperada.
Que um arqueiro, agora santo, a evitou por milagre.
Eu levei duros golpes na Argentina, sem revidar com cinco desta vez.
Ô prepotência! eis a punição.
Eu vi uma multidão bradar: "EU ACREDITO!"
E, após o literal apagar das luzes, eu vi que o maior pecador fora convertido em salvador.
E, após os tiros penais, eu descobri: não se trata de uma competição, mas de uma epopeia.
Eu vi que, se fosse fácil, não seria nosso.
Eu vi, novamente, o adversário da final de 1992.
Eu vi os mesmos desafios nos angustiar.
Em nossa caixinha de milagres, ainda restou algum?
Eu vi tirarem a nossa casa
Porque lá somos capazes de derrotar gigantes.
Lembrei-me, então, que o palco inimigo é também o palco da nossa história.
Resolvemos exercer a justa posse.
Até que, finalmente... Finalmente...
Vi quebrar-se o tabu que faltava.
E o maior da América foi, enfim, coroado.
Galo, obrigado por este dia! 
O mundo de saúda.

Lendo esse texto, me lembrei de cada momento que passei nessa Libertadores. Acrescentaria que vi o Papa abençoando o título... Que vi um técnico com fama de azarado mostrar ao Brasil como se monta uma equipe pra frente... Me lembrei dos novos amigos e dos antigos... Vivi novamente cada momento... Lembrei-me que tinha pensado em tirar fotos em todos os jogos para postar aqui no final. Perdi o celular no meio do caminho. Restam apenas as da resenha antes da final. Que seguem abaixo