domingo, 30 de outubro de 2011

Hoje em Dia - Um jornal de verdade?


Do lado de lá da linha, um amigo preocupado. Viu meu nome no Jornal Hoje em Dia, com informações que ele, e todos que convivem comigo, sabem que são falsas.
A reportagem Juventude Mineira faz campanha com chapéu alheio (no jornal impresso), acusa-me de ser integrante da juventude do PSDB. Ademais, insinua que uso meu cargo no Governo de Minas Gerais, para fazer campanha com chapéu alheio.
A repórter Ana Flávia Gussen, já citada nesse blog por outra matéria leviana, mentiu. Nunca fui filiado a nenhum partido político. Não pertenço à turma do chapéu. Sou servidor público de carreira, aprovado em concurso público para ocupar um cargo efetivo, no ano de 2007. 
De lá pra cá, ocupei alguns cargos comissionados, o que é de se esperar, devido a minha formação: sou graduado em direito, administração pública e tenho mestrado em Direito e Instituições Políticas. Além disso, os que foram aprovados no mesmo concurso que eu ocupam hoje cargos em comissão ou funções gratificadas.
Tenho orgulho de ser servidor público e pertencer ao atual Governo de Minas. Aprendi a admirar o Professor Anastasia desde os bancos da Faculdade de Direito da UFMG, onde tive o privilégio e a alegria de ser seu aluno. Homem probo, correto, servidor devotado e melhor gestor público do Brasil, faz um governo de referência internacional nas boas práticas de gestão pública, assunto de meu imediato interesse.
É função do jornalismo checar suas informações (ou seus achismos), antes de publicar uma matéria de destaque no jornal, o que não seria muito difícil, já que o TSE disponibiliza lista atualizada dos filiados de todos os partidos http://www.tse.jus.br/partidos/filiacao-partidaria/relacao-de-filiados . 
Embora a repórter Ana Flávia Gussen tenha feito ilações de que estou na máquina do Governo por ser filiado, isso não procede. Estou na estrutura governamental por ser concursado e ocupo um espaço altamente técnico dentro do Governo.
A repórter Ana Flávia Gussen afirmou ainda que estou à disposição da Assembleia Legislativa, o que também não é verdade. Ano passado, em função de um artigo escrito sobre participação popular na ALMG, fui sim colocado à disposição da ALMG, para trabalhar com o Deputado Eros Biondini, vice-presidente da comissão de participação popular. 
Acabada a legislatura, retornei para o meu cargo de origem na SEPLAG. Seja como for, não teria como  ocupar um  cargo no Estado e, ao mesmo tempo, estar à disposição da ALMG. O que me surpreende é que a Ana Flávia Gussen leu a postagem referida acima, em que dou essa informação. 
Enfim, a parte em que meu nome aparece é quase toda mentirosa e fora de contexto, o que é uma pena. 
Aliás, parece que outras informações veiculadas na reportagem também não demonstram compromisso com os princípios do bom jornalismo, como mostra a resposta da Turma do Chapéu à reportagem.
Por tudo isso, informo que vou tomar as medidas cabíveis para que essa irresponsabilidade não fique impune. 
De resto, devo agradecer a todos aqueles que se solidarizaram comigo. Foram amigos, alunos, políticos, jornalistas, seguidores, seguidores de seguidores... Enfim, não conseguirei enumerá-los, mas deixo registrado o meu Muito Obrigado. Tenho certeza que a seriedade com que exerço minhas funções contribuiu para tantas manifestações de apoio.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amizade

Para que serve um amigo? Para dividir momentos alegres? E os tristes? Para dividir dúvidas e ansiedades? Para apoiar quando o mundo está contra?

Passei boa parte do feriado de 12 de outubro refletindo sobre a amizade. Pensei nos meus amigos e na importância de cada um deles em minha vida. Procurei refletir, também, sobre o meu papel na vida de tantos amigos, os presentes e os nem tanto; os de perto e os de longe, os novos e os velhos...

No final do dia, já tinha conversado (via twitter e Whatsupp) com o Padre Jailson, tomado cerveja e vinho com o Tales Lacerda e programado uma visita ao Filipe Menezes. Lembrei que, no final de semana, me encontrarei com muitos desses meus amigos, mas não cheguei a nenhuma conclusão quanto ao papel da amizade.

Hoje, logo pela manha, fui surpreendido com um texto que recebi, com dedicatória e tudo, do ilustre Dr. Fernando Vieira. Resolvi compartilhar


A M I Z A D E

Kalil Gibran
(do livro "O Profeta")

E um adolescente disse: "Fala-nos da Amizade."
E ele respondeu, dizendo:

"Vosso amigo, é a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeias com carinho e ceifais com agradecimento.
É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz.

Quando vosso amigo manifesta seu pensamento,
não temeis o "não" de vossa própria opinião, nem prendeis o sim.
E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração.
Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças,
nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.

Quando vos separeis de vosso amigo, não vos aflijais.
Pois o que vós ameis nele pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície.

E que não haja outra finalidade na amizade
a não ser o amadurecimento do espírito.
Pois o amor que procura outra coisa
a não ser a revelação de seu próprio mistério não é o amor,
mas uma rede armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado.

E que o melhor de vós próprio seja para o vosso amigo.
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré,
que conheça também o seu fluxo.

Pois, que achais seja vosso amigo
para que o procureis somente fim de matar o tempo?
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade,
e não vosso vazio.

E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres.
Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

RIP Steve Jobs

Nunca fui muito fã de tecnologia. Talvez, pelo meu aprendizado tardio da língua inglesa (que hoje já é avançado, certo Priscilinha?) nunca me interessei ou me envolvi com artefatos tecnológicos. Por isso mesmo, até bem pouco tempo atrás, nunca tinha sequer ouvido falar da Apple.

Pra ser mais sincero ainda, a primeira vez que liguei o nome à pessoa (ou a marca ao objeto), foi quando comprei meu primeiro Iphone, cerca de um ano e meio atrás.

De lá pra cá, meio que fiquei fascinado pela marca e sua incrível capacidade de gerar nos homens instintos consumistas de fazer assustar qualquer mulher (foi uma piadinha, antes que me recriminem aqui).

Junto com a paixão pelo meu iphone, desenvolvi um grande respeito pelo (sempre achei que fosse) criador da Apple.

Esse respeito, ao contrário da grande maioria das pessoas que prestam homenagens ao grande gênio nesse momento, não é pelo seu brilhante trabalho à frente da marca da maçã mordida, mas por um vídeo, que mais parece auto-ajuda, que vi uns anos atrás. Nesse vídeo, um discurso feito em uma formatura na Faculdade de Stanford, Jobs fala sobre questões da vida que, coincidentemente, são questões que acredito, tanto que tive inveja por não ter sido eu a fazer aquele discurso. 

Pra quem nunca viu, segue o vídeo:


Descanse em paz, Steve Jobs.

Tenho certeza que você soube ligar os pontos e amou o suficiente as pessoas à sua volta e as coisas que fazia. Quando eu morrer, quero ser lembrado por isso, pela forma como eu amo as pessoas e as coisas que faço e não por qualquer criação.

Sabemos, você e eu, que a morte é uma parte da vida, que não deve ser, assim, tão lamentada.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Existe censura em Minas?

No início da atual legislatura, formou-se na ALMG um bloco de oposição, denominado MG Sem Censura. Referido bloco, formado por PT, PMDB e PCdoB, apegou-se à falácia de que o Governo do Estado de Minas Gerais controla os veículos de comunicação do Estado. Graças à atuação patética do deputado ressentido e falastrão Rogério Correia, o bloco acabou sedo desfeito. O comportamento do deputado, que não consegue pronunciar três palavras, sem falar o nome do Senador Aécio Neves, gerou um certo desconforto em seus pares.

O deputado, que se ressente até hoje, por ter sido "deixado no vácuo" pelo Senador Aécio Neves, vive falando asneiras pelo twitter, mas se alguém o contrapõe, logo é bloqueado. Que coisa, não? Impedir eleitores de acompanhar a vida parlamentar não é uma forma de censura? Ou o que ele fala no twitter não é no exercício do mandato? Se não for, quer dizer que ele pode ser responsabilizado pelas asneiras que fala? É um caso a se pensar.

Mas falando de censura, foi altamente divulgada a tentativa do Prefeito de Nova Lima, Carlos Rodrigues, que é do PT, de tirar a Revista Viver Brasil de circulação. Pra quem não viu, segue a matéria sobre a queda da liminar.


Isso é censura?

Não fosse isso, outro dia mesmo a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM), da Presidência da República,  tentou (tanto que acabou conseguindo) tirar do ar uma propaganda da marca de lingerie Hope, em que a modelo Gisele Bündchen aparece com roupas íntimas.

Segundo a SEPM, "A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”."

Diante disso, ficam algumas perguntas, feitas pelo genial professor Osvaldo Alves Castro Filho (@osvaldoacastro):

Quem atua deliberadamente no sentido de controlar o que o outro deve assistir pratica censura?

Alguns iluminados podem se sentir no direito de pedir a suspensão de propaganda que eles julgam que os "manipuláveis" não devem assistir?

Para o Ministro Moreira Franco é censura. Para mim também. E pra você?