sábado, 31 de maio de 2014

Um jogo especial

A CBF, "o Brasil que deu certo", conseguiu nos últimos tempos duas proezas: tirar o interesse de boa parte do povo pela seleção canarinho e fazer com que o Campeonato Brasileiro se tornasse algo chato e com pouquíssimos atrativos. Horários ruins, estádios mal cuidados, calendário incerto e o claro favorecimento aos times do eixo Rio-SP estão entre os fatores que fazem com que os amantes do futebol olhem com um certo desdém para o Brasileirão.
Nós, que somos atleticanos, passamos por cima de tudo isso e acompanhamos o Galo para sempre!
Fato é que, para se ganhar esse campeonato longo e enfadonho, todo jogo é importante. Somar três pontos sempre que possível é, obviamente, a receita para o sucesso.
Alguns jogos, entretanto, são mais interessantes que os outros: os clássicos regionais, Flamengo, Corinthians e, desde 2012, Grêmio e Tapetense estão entre os meus favoritos. No ano passado, devido ao grande número de confrontos e ao final feliz da Libertadores, o São Paulo entrou na lista.
Além de terem se transformado em rivais (quase inimigos) por razões diversas, uma coisa todos esses times têm em comum: a arrogância! Sim, meus amigos, converse com qualquer torcedor desses times ou veja as palavras de seus jogadores e dirigentes e verá que eles, realmente, se acham "a última pica da galáxia".
O Galo, como time do povo e da simplicidade, sabe que toda arrogância merece ser castigada. Assim, no jogo de logo mais, temos algo além da busca dos importantes três pontos: derrubar do salto alto habitual os tricolores paulistas.
O time vem bem, numa sequência de cinco jogos invictos. Seríamos líderes, não fosse os tropeços em casa (ou ao menos um deles) para Goiás e Criciúma. Se não consigo enxergar ainda um padrão estabelecido pelo Levir, a vontade e a correria estão de volta.
Outro fato merece ser considerado: o Tardelli vem dando sinais que está recuperando o bom futebol. Como ele costuma regular contra o São Paulo, pode ser esse o jogo que ele estava precisando para fazer uma inter temporada em paz com ele mesmo e com a torcida.
Vamos, Galo! Precisamos vencer para preparar em paz o time para a corrida rumo aos três possíveis títulos do segundo semestre.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Vamos apoiar, que temos meio ano pela frente

Desde que me comprometi a escrever, como torcedor, as análises pós-jogo do Portal Galo Forte e Vingador, venho tentando retratar aquilo que realmente sinto. Dessa forma, procurei não escrever nada após a derrota para o Goiás no Horto.

O torcedor que fala demais na hora da derrota corre o risco de ser como aquele marido corno que, depois de fazer escândalo e expulsar a mulher de casa, vai buscá-la com flores na casa da mãe. Já vi torcedores mandando nossos ídolos embora e depois, arrependidos, fazerem declarações públicas de amor.
Enfim, para não cometer o mesmo erro, e por não entender bem o que estava sentindo, decidi adiar em um dia esse texto. Já que também não escrevi nada após a eliminação da Libertadores, passarei por ela também.

Ao contrário da grande maioria dos torcedores (tomei por base os que assistem aos jogos perto de mim e os que sigo no twitter) não fiquei muito puto com o jogo do feriado do trabalhador. Pra mim é muito claro que ganhar e perder faz parte do esporte e, se formos justos, não fizemos por merecer a classificação.

Embora eu realmente acreditasse no título (o sobrenatural poderia atuar novamente), os números do Galo na Libertadores não eram muito animadores. Não me apego às estatísticas, mas não esqueço que o goleiro do Zamora tinha um metro e meio de altura e, depois de cento e oitenta minutos, não conseguimos saber se ele é bom ou não.

Contra o Atlético Nacional a escrita se repetiu: além do gol e dos foguetes no Ouro Minas, não me lembro de termos assustado o time deles também. O goleiro deles fez alguma defesa? Não me lembro.

Apesar disso, repito, fiquei bem. Cheguei em casa e, ao contrário da grande maioria das derrotas, conversei com minha esposa, ri de situações do jogo e dormi em paz. Não quis, porém, saber de nada do pós-jogo: não vi os gols, as entrevistas dos protagonistas, as provocações azuis... Ou quase nada. Do pós-jogo, eu só queria saber de uma coisa: domingo eu estaria lá para apoiar! Independentemente dos compromissos e do frio do domingo, eu tinha de estar ali para, mais uma vez, demonstrar meu amor ao Galo!

Das cadeiras verdes do Santuário do Horto, pude presenciar um dos piores jogos da minha vida. Não que esse time seja tão ruim como outros tantos que já vi defendendo as cores do Galo, mas a atmosfera, o frio, a falta de conhecimento do treinador, tornaram aquele jogo algo duro de aguentar.

Com a eliminação na Libertadores ainda fresca na memória e o futebol pífio apresentado, foi apenas questão de tempo para que parte da torcida elegesse seus alvos: Emerson Conceição, Alex Silva, Jô (que saiu machucado), o técnico Levir (que pra mim mexeu mal demais) e os dirigentes Kalil e Maluf foram homenageados pelos diversos setores do estádio.

Não concordo com as vaias, mas entendo a reação por parte dos poucos que se dispuseram a sair de casa numa noite fria para apoiar um time recém eliminado. Mas gritar olé pro adversário? Isso não! Isso é o cúmulo da cornice!


Esse time, com suas atuais limitações, não precisa das nossas vaias, das fofocas que nós ajudamos a alimentar das indiretas públicas do nosso novo treineiro. Esse time, simplesmente pelo fato de jogar com a camisa do Galo, precisa do nosso apoio. Ainda temos três competições pela frente. Eu vou apoiar e você?